Luta Contra o Racismo no Mundo do Futebol
O atacante do Real Madrid e da Seleção Brasileira, Vini Jr, recentemente fez uma entrevista ao jornal francês “L’Equipe”, onde alertou para a urgência em ter apoio constante na luta contra o racismo no futebol.
Urgência em ter apoio constante
Vini Jr manifestou-se sobre a necessidade de ter um apoio unânime na luta contra o racismo, afirmando que “se os jogadores estiverem juntos, quando pessoas importantes levantam a questão, como o presidente do Brasil (Lula), como o presidente da Uefa (Aleksander Ceferin), como Kylian (Mbappé), como Neymar, grandes jogadores, como Rio Ferdinand , que sempre me escreve e que está comigo nessa luta, isso necessariamente tem mais peso”.
Apreciação sobre o apoio recebido
O jogador destacou o apoio que recebeu do seu clube e dos jogadores que também enfrentaram situações semelhantes. “Todo mundo manda uma mensagem para você quando algo acontece, mas assim que acaba, eles não falam mais com você. Mas tive apoio! Do clube, claro, e também dos jogadores, principalmente daqueles que já sofreram essas coisas. É assim que as coisas vão mudar: se os jogadores estiverem juntos. Quando passei por isso, recebi muito apoio, o que é bom. Acima de tudo, devemos continuar a lutar. Por muito tempo… Para sempre!”
Punições mais severas
Vini Jr também defendeu que os clubes e os torcedores que cometem injúrias raciais devem receber punições mais severas. “Em Valência, um grupo inteiro num estádio insulta um jogador e no próximo jogo podem jogar normalmente? Com o seu público, sem perder pontos, sem sanção? A mudança virá aí. Acho que temos que agir para que os racistas tenham medo de dizer coisas que possam me afetar, mas também às suas vidas. As pessoas precisam entender”.
Impacto das experiências
O jogador revelou que sofreu experiências semelhantes em duelos na LaLiga, especialmente na partida contra o Valencia, onde foi vítima de ataques racistas. “Isto aconteceu muitas vezes, e em Valência de forma flagrante e significativa. Fiquei muito triste. Se estou em campo é para deixar as pessoas felizes. E um grupo, que eu sei que é minoritário, pode te afetar a ponto de você não pensar mais em jogar. Aprendi muito sobre racismo. Cada dia eu sei mais”.
Luta não para
Vini Jr concluiu que a luta contra o racismo no futebol não pararia até que haja uma mudança real na forma que os jogadores são tratados. “Isto não vai parar imediatamente e não vou parar de lutar. Tudo em uníssono. Se eu enfrentar o racismo sozinho, o sistema me esmagará facilmente”.