A história da medalha de bronze conquistada pelo brasileiro Joeferson Marinho nos 100m T12 das Paralimpíadas de Paris está cheia de surpresas. Depois de conquistar a medalha de bronze originalmente, o atleta turco Serkan Yildirim foi desclassificado por competir sem estar qualificado. Isso significa que as medalhas foram redistribuídas, e Joeferson assume o lugar de vice-campeão da prova.
Joeferson Marinho nasceu com albinismo congênito e tem uma visão baixa desde os 3 anos. No entanto, sua vida mudou quando ele começou a competir no atletismo. Aos 14 anos, ele começou a competir nas Paralimpíadas Escolares de 2013 e, desde então, dedicou-se à sua carreira atlética. Seu técnico, Pedrinho, foi apresentado a ele em 2016 e tornou-se um parceiro essencial para o sucesso do atleta.
A World Para Athletics (WPA) confirmou que Serkan Yildirim não estava qualificado para competir pela classe esportiva "revisão". O atleta havia obtido uma liminar para competir, mas o WPA protocolou um recurso contra essa decisão e obtido apoio do tribunal. Como resultado, Joeferson Marinho foi nomeado vice-campeão da prova e recebeu a medalha de bronze.
O atletismo é a modalidade com mais medalhas conquistadas pelo Brasil nas Paralimpíadas de Paris, com um total de 24 medalhas. Oito delas são ouros, sete pratas e nove bronzes. A mais recente conquista foi alcançada por Bartolomeu Chaves, o Passarinho, que conquistou a medalha de prata nos 400m T53.
A história de Joeferson Marinho é um testamento à importância da esportividade inclusiva. Ele queria apenas se divertir ao praticar atletismo, mas sua dedicação e habilidade o levaram ao podio. Seu exemplo inspira muitos outros atletas brasileiros e mundialmente a seguir seu caminho e visa maior inclusão e oportunidades para atletas com deficiências.
A cerimônia para a redistribuição das medalhas ainda não tem data ou hora confirmadas. No entanto, haverá uma cerimônia no Stade de France, onde a competição de atletismo das Paralimpíadas de Paris está sendo realizada.
Para Joeferson Marinho, essa é a primeira medalha em Paralimpíadas. Ele já acumulou experiência em competições anteriores, incluindo um prêmio de prata nos 100m no Mundial de Dubai 2019 e prêmios de prata nos 100m e 200m no Mundial de Jovens de Atletismo em Notttwill, em 2017. Ainda há muito a explorar para Joeferson e outros atletas brasileiros.
• Publicado em 04/09/2024 - 08:58• Rio de Janeiro
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