A judoca brasileira Rosicleide Silva conquistou, na manhã desta quinta-feira, a medalha de bronze na categoria até 48kg da classe J1 (Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância) nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Rosicleide venceu a argentina Rocio Ledesma em um combate disputado, após um início equilibrado, a brasileira conseguiu um waza-ari (que vale um ponto) e encerrou a luta com um ippon, confirmando a vitória.
Antes de conquistar a medalha de bronze, Rosicleide havia disputado a semifinal contra a ucraniana Natalyia Nikolaychyk. Apesar de ter liderado por waza-ari, a brasileira sofreu um ippon nos últimos momentos do combate, ficando fora da disputa pelo ouro e indo para a disputa do terceiro lugar.
Nascida em Natal (RN), Rosicleide Silva tem retinopatia em decorrência da prematuridade, nasceu com seis meses pesando 900 gramas. Após nove anos de prática de balé, ingressou no karatê, mas a impossibilidade de participar de combates a levou a procurar o judô, em 2014. Passou a integrar a Seleção adulta em 2022.
A conquista da medalha de bronze por Rosicleide é um exemplo da importância da inclusão e da promoção da prática de esportes entre todos, sem distinção de habilidade ou deficiência. O judô, em especial, é uma modalidade que permite a participação de atletas com deficiênciavisual, demonstrando que o esporte não é apenas para os olhos perfeitos.
Os Jogos Paralímpicos, como os Jogos Olímpicos, são um impulso para a inclusão e a promoção da igualdade de oportunidades entre os atletas. A Paralimpíada é um espaço para que os atletas com deficiência possam competir e se destacar, além de inspirar outros a seguir seus sonhos.
Apesar de não ter obtido a medalha de ouro, Rosicleide fez história ao conquistar a medalha de bronze, e seu legado será sentir sua inspiração em muitos atletas com deficiência que venham a seguir seus passos.
Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!
Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!