Ao longo de três anos, o São Paulo esforçou-se para lidar com a crise financeira que envolvia o clube. Para isso, o diretor técnico precisou vender jogadores importantes para poder manter a equipe competitiva. No entanto, ao vender esses jogadores, o clube perdia não apenas alguns dos seus principais atletas, mas também a esperança de construir um time competitivo.
No ano de 2014, Carlos Miguel Aidar foi eleito presidente e a crise financeira ficou evidente. Nesse contexto, o São Paulo vendeu cinco jogadores, incluindo o atacante Aloísio Boi Bandido, o zagueiro Rhodolfo e o lateral-direito Douglas. As negociações resultaram em R$ 37,6 milhões, dos quais R$ 24,3 milhões ficaram no Morumbi.
Em 2015, o baque foi ainda mais significativo para as pretensões do técnico Juan Carlos Osorio. Ele perdeu seis jogadores em uma única temporada: Souza, Denilson, Paulo Miranda, Boschilia, Rafael Toloi e Jonathan Cafu. As transferências resultaram em R$ 102,3 milhões, mas apenas R$ 55,1 milhões permaneceram no Morumbi.
Já em 2016, o São Paulo vendeu apenas um jogador no primeiro semestre, quando o recém-chegado Kieza pediu para ir ao Vitória. Depois, vendeu 25% dos direitos do atacante Rogério para emprestá-lo ao Sport e negociou Paulo Henrique Ganso com o Sevilla e Alan Kardec com o Chonqing Liffan. As baixas enfraqueceram o time, que brigou para não cair no Campeonato Brasileiro.
Para tentar evitar um novo desmanche em 2017, o São Paulo negociou com o Ajax (HOL) o atacante David Neres por 15 milhões de euros (cerca de R$ 50,7 milhões). O Tricolor ainda ficará com 20% do garoto. A venda deve ajudar o clube a atingir o orçamento de R$ 60 milhões em vendas, já que a diretoria previu a necessidade de arrecadar essa quantia.
Com a venda de Neres, o São Paulo pode agora se concentrar em outras oportunidades para renovar o elenco. O técnico Rogério Ceni conta com jogadores como Luiz Araújo, Neilton e Wellington Nem, além de poder escalar o meia Cueva mais aberto.
A realidade do São Paulo é que, para lidar com as necessidades financeiras, o clube precisa vender jogadores. No entanto, ao vender esses jogadores, o clube precisa também trabalhar para construir um time competitivo. A venda de Neres é apenas o início, e o clube precisa agora se concentrar em outras oportunidades para renovar o elenco e construir um time forte para o futuro.
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O futuro do futebol brasileiro depende da capacidade dos clubes de lidar com as necessidades financeiras.
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O São Paulo é um exemplo disso.
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